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Lugares e Olhares | Cultura Para Todos

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Proposta de

Descrição

Projeto de cidadania e inclusão através de práticas artísticas, assumindo o Museu como recurso para uma educação global e reforço identitário.

Entre 2020 e 2023 participaram crianças entre os 8 e os 12 anos e professores de 17 turmas de 8 escolas do concelho, 12 artistas mediadores e técnicos do museu.

Os eixos Território, Memória e Identidade, organizaram o trabalho na sala de aula, em família e no museu, com 6 oficinas artísticas nos domínios da fotografia participativa, artes plásticas, arquitetura e escrita criativa, ilustração, dança/teatro, multimédia, cada uma de 15h em 5 sessões, replicada por três turmas, antecedidas por sessões preparatórias em sala de aula e acrescidas por trabalho autónomo envolvendo as famílias.

O desafio foi criar e materializar uma leitura sobre o concelho (objetos, instalações, vídeos, imagens) numa exposição autónoma, mas também experimentar e testar praticas, dispositivos e programação inclusiva, transversais ao museu.

Produziram-se o filme Depois de Amanhã; dispositivos museográficos inclusivos; a exposição Lugares e Olhares; Ciclo de conversas Educação, Arte e Cidadania; programação para públicos com necessidades específicas. Um vídeo e uma edição testemunham o processo, metodologias, técnicas e participantes, como recursos educativos no âmbito da cidadania e do património, desafiando a novas experiências em contextos educativas e/ou culturais. 

https://www.cm-almada.pt/viver/cultura/projeto-lugares-e-olhares

Contexto do Território

Almada tem uma área de 71 Km2, duas cidades e 177 238 residentes.

Em 2021 os jovens correspondiam a 13,7%, da população e os idosos a 23,8%. Na idade ativa, 85,8% da população trabalha nos 3º e 4º setores de atividade, 13,7% na indústria e na construção e apenas 0,5% no 1º setor.

A diversidade cultural é um dos traços identitários mais fortes ao longo da história do concelho, com ciclos de acolhimento de imigrantes e emigrantes. Em 2019 residiam legalmente pessoas de 113 nacionalidades, 6% da população, sendo o município do distrito de Setúbal com maior número de estrangeiros (25% do total do distrito).

Com uma rede qualificada de serviços públicos e uma oferta de programação variada ao nível da educação, cultura e desporto, subsistem zonas de exclusão e zonas mais recentes, de menor densidade urbana, umas e outras periféricas relativamente aos centros urbanos consolidados, com uma reduzida fruição do território e da oferta existente e uma perceção fragmentada do concelho.

Cerca de 15 800 alunos frequentam a escolaridade obrigatória, numa rede pública de 60 estabelecimentos em 13 agrupamentos e 2 escolas secundárias não agrupadas.

A escola foi a porta de entrada para trabalhar com crianças das 5 uniões de freguesias e freguesia privilegiando os Territórios Educativos de Intervenção Prioritária. AS famílias foram mobilizadas por trabalho autónomo, através de campanhas de recolha de histórias de vida e testemunhos de lugares, afetos e vivências, em torno do eixo da memória.

 

Notas:

[1] In, https://www.dn.pt/sociedade/censos2021-portugal-tem-10-344-802-habitantes-menos-21-que-ha-10-anos-14414607.html

Extensão temporal de desenvolvimento

Objetivos gerais e específicos

  • Construir uma narrativa museográfica participada e inclusiva sobre o território, identidades e memórias, utilizando o museu como recurso
  • Desenvolver coletivamente a coprodução e comunicação de conteúdos, valorizando a diversidade de percursos e identidades de almadenses, mobilizando participantes em situação de periferização;
  • Trabalhar o território concelhio como espaço comum identitário, promovendo a capacitação das crianças enquanto sujeitos de cidadania;
  • Valorizar o potencial educativo da comunidade na construção coletiva e democrática do conhecimento;
  • Diversificar contextos de aprendizagem não formais
  • Desenvolver um processo educativo através da mediação e prática artística;
  • Testar e desenvolver práticas e dispositivos museográficos inclusivos considerando necessidades específicas;
  • Reforçar o papel do museu como serviço público especializado de memória, interpretação do território, espaço de cidadania e interpelação da “polis”.

Impactos esperados

  • O museu como uma nova experiência, de valorização e empoderamento para a maioria dos participantes e suas famílias;
  • Ensaiar parcerias de aprendizagem em diferentes escalas, diversificando públicos/participantes, reforçando e mediando o papel de escolas/ instituições/ professores/ educadores na sua construção;O museu como experiência de autoconhecimento e práticas colaborativas;
  • Construir uma identidade plural num território comum a partir do quotidiano, do património familiar, reconhecendo o confronto e coexistência de diferentes culturas e de referências partilhadas;
  • A eficácia da prática artística continuada na capacitação para a cidadania e o reconhecimento das crianças como sujeitos e não destinatários;
  • A importância de garantir uma estrutura eficaz e qualificada de comunicação, investindo no projeto expositivo;
  • Constatar as insuficiências e prosseguir práticas inclusivas, com dispositivos museográficos considerando públicos diferenciados: acessibilidade/ diversidade de programação, de linguagens;

Práticas de avaliação

– Registo de participantes

– Inquéritos de satisfação e aferição de expetativas

– Cronograma e monitorização em sessões de trabalho com técnicos e artistas/mediadores

– Criação de instrumentos de orientação da observação e de portfólios

– Edição AAVV, 2023. Lugares e Olhares. Almada: Câmara Municipal de Almada. 96p. ISBN: 978-989-8668-32-5: memória e disseminação do processo, atividades desenvolvidas e avaliação;

– Vídeo de disseminação

­- Divulgação junto da Rede Portuguesa de Cidades Educadoras, Plano Nacional das Artes / Bienal Arte e Educação, encontros técnicos, comunidade educativa municipal, redes sociais.