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FANTASIARTE

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Proposta de

Descrição

No âmbito das políticas culturais desenvolvidas pelo município de Palmela, registou-se uma aposta no desenvolvimento cultural, entendido como processo de formação de pessoas com maior acesso à cultura e com uma relação mais ativa e participativa, criando cidadãos mais informados, criativos e livres. Estes processos de democracia cultural, associados a modelos de participação, disseminação e fruição da cultura, foram entendidos como a outra face do processo educativo, ou seja, o prolongamento do processo educativo para além da escola.

Dessa articulação entre cultura e educação, nasceu o Projeto Fantasiarte, em 1994, através dos contributos da comunidade cultural e educativa local: desenvolvimento da educação artística e da educação pela arte, dentro da escola; e o prolongamento do processo educativo através da criação de novos projetos artísticos e culturais e da formação progressiva de novos públicos para a cultura, fora da escola. Um projeto que se afirmou, durante os seus primeiros anos, como uma das principais expressões da política cultural municipal, traduzindo-se numa aposta profunda na educação pela arte, dirigida às gerações mais novas, um processo educativo a médio e longo prazo, visando contribuir para formar gerações mais cultas, mais livres, mais capazes de construir o futuro.

Integrado no Programa Municipal do Teatro, o Fantasiarte é resultado do cruzamento em duas áreas prioritárias da autarquia – cultura e educação – reforçando a valorização de políticas locais de desenvolvimento e os processos de participação e cidadania. Desenvolve-se ao longo do ano letivo e é dirigido a todas as escolas e níveis de ensino do concelho de Palmela, da rede pública à rede privada. Oferece a possibilidade de enquadramento e de apoio do trabalho desenvolvido pelas escolas nas áreas expressivas de teatro, música, canto, dança, expressão física, movimento, artes plásticas.

O projeto tem três áreas de abrangência:

Formação: dirigida a alunos, pessoal docente e não docente, incide essencialmente nas áreas de teatro, formas animadas, cenografia, movimento e dança. Mais recentemente, tem ainda contemplado outras vertentes, como a abordagem às áreas técnicas de som e luz na construção de um espetáculo.

Plano de Mobilidade: participação de alunos e professores em oficinas; deslocação a espetáculos; deslocação de espetáculos às escolas; visitas a museus; participação em eventos de âmbito artístico, em particular teatral (festivais, seminários, encontros). De destacar ainda, a participação da comunidade educativa nalguns Encontros e Festivais Nacionais e Internacionais, como por exemplo os Encontros Internacionais de Gigantones em Braga, no Festival Internacional de Gigantes, em Pinhal Novo, bem como o acolhimento de espetáculos no âmbito da parceria com o Festival Sementes, promovido pelo Teatro Extremo. O Plano de Mobilidade tem permitido também o cruzamento entre projetos de intervenção cultural, envolvendo vários agentes do concelho.

Festas de Encerramento: decorrem no Cineteatro São João e traduzem-se na apresentação, a todas as escolas inscritas/envolvidas, dos trabalhos preparados ao longo do ano. São apresentados trabalhos em áreas diversas como a música, o teatro, a dança, o canto, a expressão física, o cinema. Durante este momento os artistas são as crianças e jovens, que sobem a palco e apresentam as suas performances, para outras escolas, mas também para os seus pais/encarregados de educação e famílias.

Contexto do Território

Em Palmela entendemos a cultura como parte da estratégia para o desenvolvimento sustentável do território. A cultura e as expressões artísticas – nomeadamente, a música, o teatro e a dança – são fatores de diferenciação, de afirmação e de encontro com a nossa identidade cultural, mas também ponto de cruzamento, promoção e disseminação da nossa heterogeneidade. Palmela assume-se como um polo cultural por excelência, território de onde têm surgido e se estabelecido estruturas profissionais de nível nacional e internacional – O Bando, os PIA, o maestro Jorge Salgueiro, a Passos e Compassos, entre outros.

O concelho de Palmela dinamiza variadíssimas iniciativas e eventos de cariz cultural ao longo do ano, nos 5 equipamentos culturais descentralizados e no espaço público, tais como as Janeiras, Fantasiarte, FISP, o FIAR o Festival FolK Méee, FIMP, Palmela Wine Jazz, FIG – Festival Internacional de Gigantes, Mês do Teatro, Mês da Música, Noites na Fonte, Queima do Judas, Semana da Dança.

Tendo em conta toda esta herança, o município acredita que o território se constitui em si mesmo como um ecossistema criativo, onde os criadores locais e os públicos fazem com que a cultura se desenvolva de forma orgânica.

Neste sentido, entende-se como fundamental promover uma intervenção que dinamize e apoie a prática artística nas suas vertentes, privilegiando a formação e a criação local, levando a cultura a todos. A cultura e as expressões artísticas são, assim, entendidas como uma prática inclusiva e participada que contribui para a coesão social e para a melhoria da qualidade de vida da nossa população.

O concelho de Palmela situa-se na península de Setúbal e abrange uma vasta área das bacias do Tejo e do Sado, ficando uma parte do seu território inserido na Reserva Natural do Estuário do Sado, e uma outra no Parque Natural da Arrábida. Integra ainda a Área Metropolitana de Lisboa, de que é o município com maior superfície, com aproximadamente 465,12 km2. Apesar da sua proximidade com a cidade de Lisboa e do crescimento industrial da península de Setúbal, Palmela tem conseguido conciliar o desenvolvimento industrial com a preservação de muitas das suas caraterísticas rurais.

O território concelhio é marcado por uma nítida assimetria entre as zonas nascente e poente, constituindo um território de transição entre o tipicamente urbano e o meio rural. É composto por quatro freguesias (Palmela, Pinhal Novo, Quinta do Anjo e União das Freguesias de Poceirão e Marateca) evidenciando-se um contraste entre um território de características marcadamente rurais e um sistema predominantemente urbano. De acordo com os últimos censos à população (2021), o concelho de Palmela aumentou a sua população residente em quase 6.100 habitantes. A população adulta entre os 15 e 64 anos representa o maior peso percentual no conjunto da população com 64,3%, seguindo-se a população com 65 e mais anos de idade que se cifra em 21,2%. O menor peso percentual de 14,5% refere-se à população jovem abaixo dos 15 anos de idade.

Extensão temporal de desenvolvimento

Objetivos gerais e específicos

Compromisso com as pessoas e com a escola: crescer e viver numa comunidade inclusiva, criativa e saudável.

Promover a criatividade colaborativa (potencial criativo local; a ponte com a educação pela arte; a investigação e parceiros para o conhecimento)

Implicação e Escuta da comunidade educativa e cultural

Ação cultural pedagógica e cívica

Fidelização de públicos/aumento da massa crítica cultural/acesso e prática cultural/participação social

Afirmar a Cultura, enquanto pilar do desenvolvimento local. Palmela, Cidade Educadora e Criativa.

Impactos esperados

  • Aproveitar o poder criativo e indisciplinador das múltiplas manifestações artísticas para melhorar a ação do sistema educativo, tornando-o mais transdisciplinar e inclusivo: contribuindo para o sucesso escolar, o desenvolvimento pessoal, a capacitação para uma cidadania ativa e esclarecida, (durante) e após a conclusão da escolaridade obrigatória.
  • Através de políticas culturais, governativas ou municipais, a aposta tem privilegiado o acesso dos cidadãos à cultura e às artes, à fruição cultural, à disseminação dos projetos culturais existentes nos territórios e à criação de novas propostas, em estreita articulação com a comunidade educativa e as instituições e estruturas artísticas.

Práticas de avaliação

Avaliação Final: é um momento fundamental do projeto, em que os professores educadores, artistas e formadores através da análise do trabalho desenvolvido ao longo do ano letivo, determinam o próprio curso do projeto em função das necessidades verificadas e das propostas a desenvolver no futuro.

Internamente são analisados pela equipa interdisciplinar os processos e metodologias a corrigir.

Ao longo de quase 30 anos de existência, o Fantasiarte já abrangeu milhares de crianças e jovens das escolas e instituições do concelho de Palmela. Permite a todos os participantes a experiência de pisar o palco, mas, acima de tudo, de fazer parte da construção de um espetáculo, experimentado formas de expressão artística, que estimulam a criatividade, a partilha de emoções, a capacidade de concentração, a disciplina, o trabalho em grupo. Um projeto que, através das artes e do espetáculo, desenvolve competências de grande importância para o sucesso educativo e para a vida

Divulgação: A promoção do Fantasiarte tem tido fundamentalmente um caráter informativo. Embora a informação seja alargada a todos os munícipes, apenas alunos e professores são diretamente abrangidos pela ação. Assim, população em geral e os pais, em particular, não sendo diretamente intervenientes, são parte integrante e fundamental da consequência mais estruturante do projeto. É por esse motivo, que os pais/encarregados de educação são anualmente informados através de um documento personalizado, que os esclarece sobre o alcance do envolvimento do(s) seu(s) educando(s) no projeto Fantasiarte. Com o Fantasiarte nasceu também uma imagem, desde sempre associada ao projeto: o FANTAS. A familiaridade com esta imagem é também espelho de uma condição fundamental da possibilidade do projeto: a regularidade com que se mantém no envolvimento dos seus intervenientes.