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Casa da Música Jorge Peixinho e Jardim das Nascentes

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Proposta de

Descrição

O projeto da Casa da Música engloba um Museu, um Auditório e um Jardim. O Jardim é um amplo espaço de fruição, inserido em uma zona húmida. O Auditório tem uma programação própria, onde se procura a inovação artística. O Museu Jorge Peixinho propõe uma descoberta pelo percurso deste músico genial.

O Auditório da Casa da Música Jorge Peixinho conta com uma programação própria a cargo da Companhia Mascarenhas-Martins. A Companhia Mascarenhas-Martins é uma associação cultural sediada no Montijo, fundada em 2015. É uma estrutura financiada pela República Portuguesa — Cultura / Direção-Geral das Artes, Câmara Municipal do Montijo e Junta de Freguesia da União de Freguesias do Montijo e Afonsoeiro.

O Museu Jorge Peixinho, um espaço integrado na Casa da Música Jorge Peixinho, leva-nos a conhecer o percurso de vida, a obra, o pensamento e a música de Jorge Peixinho. Um museu sobre um músico é sempre um desafio, porque a sua produção artística é imaterial, ou seja, a música.

O Jardim das Nascentes com cerca de 3,5 ha, encontra-se integrado na Reserva Ecológica Nacional e no Corredor Verde Urbano da cidade.

Com importância estratégica a nível concelhio, constitui um continuum entre a parte antiga da cidade e a expansão urbana para nascente, com preservação dos valores ambientais, paisagísticos e hidrológicos a fim da diversidade ecológica.

A antiga quinta sempre teve uma função biofísica de regulação da bacia hídrica a montante. As duas linhas de escorrência de águas pluviais provenientes de norte, encaminhavam-nas para o rio, e o sistema de retenção de água da bacia natural permitia infiltrar alguma água no solo, diminuir o caudal e velocidade de escoamento, evitando as cheias para jusante. É o motivo pelo qual se preserva no jardim tanto as linhas de água, como a bacia de retenção. Nas margens das linhas de água foram plantadas espécies características de galerias ripícolas para consolidação daquelas, e após erradicação de vegetação infestante de Arundo Donax (canas) que impedia o escoamento da água. Na bacia de retenção, foi semeada uma área relvada, encharcável que atraí os pássaros, e que pode ser usada para recreio nas épocas secas.

Atendendo às questões hídricas também foi acautelado que grande parte das áreas pavimentadas fossem permeáveis, recorrendo por isso a gravilhas e betão poroso. Para além da importância ecológica no território e na malha urbana, o Jardim das Nascentes foi projetado como espaço cénico, recreativo e paisagístico da Casa da Música.

A implementação deste complexo tem-se focado nas questões relacionadas com o Ambiente, Espaço Público, Acessibilidades, Cultura, Artes e Património, contribuindo para uma maior versatilidade e envolvimento da população na vivência do espaço sob as mais variadas formas.

Contexto do Território

O Montijo revela uma dinâmica demográfica própria que contraria a tendência para o decréscimo populacional que se tem vindo a verificar no país em geral. Além da capacidade para atrair migrantes internos, o Montijo tem vindo a acolher de forma crescente pessoas de origem estrangeira. O principal país de origem é o Brasil, mas os naturais de países asiáticos têm vindo a aumentar muito significativamente especialmente nas zonas rurais mais dedicadas ao trabalho agrícola, onde contrastam com uma cada vez mais reduzida população local, particularmente feminizada e envelhecida. O aumento de migrantes tem conduzido a um aumento do número de alunos nas escolas, que se tornaram em ambientes multiculturais por excelência. Além dos aspetos positivos, estas características trazem também novos desafios à comunidade educativa desde a questão da língua às práticas culturais. As boas acessibilidades do Montijo face a Lisboa e a expectativa de um novo aeroporto nas suas imediações são apenas alguns dos fatores adicionais que contribuíram para uma subida dos preços da Habitação no território, o que tem criado constrangimentos no acesso a habitação por parte das famílias com menos recursos.

A nível cultural, permanece a tendência para apoiar o Movimento Associativo Local, abrindo espaço à criação/produção artística e à crescente participação ativa dos cidadãos nas práticas culturais. Existe também a preocupação de uma cultura livre e inclusiva, que leve as pessoas a usufruírem do espaço público e a partilhar as suas atividades e iniciativas com as comunidades envolventes.

Extensão temporal de desenvolvimento

Objetivos gerais e específicos

  • Espaço de lazer e descoberta, que ao mesmo tempo funciona como aproveitamento de recursos naturais, e de proteção e promoção do Património Cultural
  • Auditório com programação regular, eclética, diversificada, intergeracional e multicultural, cujo espaço envolvente convida à fruição das atividades indoor e outdoor
  • Utilização deste complexo em parceria com várias entidades (internas e externas à Autarquia) com o objetivo de formação e sensibilização para questões relacionadas com Ambiente e optimização de recursos no espaço público, atividades desportivas, iniciativas e festivais de Cultura e Artes…

Impactos esperados

  • Auditório com uma lotação mais reduzida, dirigido a públicos específicos e complementar à sala do Cinema-Teatro Joaquim d’Almeida (639 lugares) e por isso quase sempre esgotado
  • Vivência do Jardim pelas pessoas, o que reflete um aumento de público no Museu em comparação com outros espaços museológicos
  • Espaço apelativo a atividades livres promovidas pelas comunidades, maioritariamente grupos de jovens e minorias étnicas
  • Maior prevenção de cheias e transformação do jardim ao longo do ano consoante as condições meteorológicas, o que lhe confere dinâmica, versatilidade e acolhimento de diversas espécies animais.

Práticas de avaliação

Não foram ainda desenhadas práticas de avaliação mensuráveis relativamente à implementação desde projeto.