All Come

Alcanena não ficou fora dos novos movimentos migratórios. Nos últimos anos, mas muito em particular após o início da Guerra na Ucrânia, temos assistido a um novo movimento migratório que necessita de ser caracterizado e enquadrado num programa de ações concretas.  O decréscimo acentuado de população nos últimos anos exigiu das políticas públicas locais um olhar atento a estas comunidades que nos procuram para se fixarem. São uma janela de oportunidade para robustecer o tecido social e económico.  É com este foco que surge o ALLCome – Acolher em Liberdade, um conjunto de ações que visa, numa articulação estreita entre parceiros, um acompanhamento eficiente, organizado e adequado das comunidades que Alcanena e as suas freguesias e uniões de freguesia acolhem. O seu princípio inspirador é que todos são bem-vindos a Alcanena, num propósito de integração com a comunidade local, da igualdade de oportunidades e da justiça social.

Atuando em áreas como a habitação, saúde, educação, cultura e religião, o momento mais visível para a comunidade municipal é o evento All Come em que o

Neste evento de verdadeira comunhão entre migrantes e população portuguesa, esbatem-se as diferenças e permite-se uma maior abertura e contacto entre grupos que tradicionalmente se mantinham à margem da participação pública e política.

Integrado na região do Médio Tejo, Alcanena possui segundo dados de 2023 12.682 habitantes, começando a inverter a tendência de decrescimento verificada entre 2011 e 2021.

Com a taxa de natalidade a aumentar ligeiramente, verifica-se também nestes dados de 2023 um desaceleramento do índice de envelhecimento, valores que embora pouco animadores, se têm aproximado dos valores nacionais.

O número de população estrangeira em Alcanena tem vido a aumentar nos últimos anos, representando em 2022, 3,7% da população residente no concelho, com um total de 466 pessoas estrangeiras.

No que concerne às nacionalidades dos residentes estrangeiros em Alcanena em 2022, verifica-se que a maior comunidade era de cidadãos do Brasil com 162 residente, seguida da Ucrânia com 82, outros países americanos com 35, provavelmente Venezuelanos, Roménia 26 e a quinta nacionalidade mais representada Angola com 22 residentes.

Em termos de políticas culturais as linhas que orientam a ação de programação centram-se em três eixos principais: a descentralização da programação com a oferta cultural a ocorrer em todas as freguesias do concelho ao longo do ano, de forma gratuita e em espaço público ou associativo quando fora do cine-teatro municipal, o envolvimento das comunidades em espetáculos comunitários, formativos juntos das associações e em momentos de escuta sobre o que desejam para a programação e cultura do seu concelho e uma aposta contínua e diversificada na mediação de públicos desde a idade escolar até à universidade sénior e estruturas residenciais para idosos.